sábado, 18 de abril de 2009

De volta...

Olá, pessoal!

Reconheço que faz um bom tempo que não apareço por aqui... Estava em época de provas e tal, por isso sumi um pouco... Mas aqui estou eu outra vez. E espero não sumir tão cedo de novo, muito menos por tanto tempo assim...

Agradeço a todos que esperavam e me cobravam por um novo post.

Eu tinha uma listinha sobre coisas que eu queria postar, mas ela acabou se perdendo em meio às minhas bagunças rsrs

De qualquer forma, há tempos eu pretendo comentar sobre a fobia social... Quer dizer, não comentar examente. Pelo menos, não apenas isso, mas expor o problema... Há algum tempo, conversava eu com uma pessoa sobre o assunto e, devido a várias dúvidas que surgiram durante a conversa, achei que seria interessante pesquisar sobre isso e colocar aqui para que mais pessoas possam conhecer um pouco mais sobre esse problema que atrapalha tanto a vida de muitas pessoas. Espero que esse post possa ajudar a essa pessoa e a muitas outras.


FOBIA SOCIAL

O que é?

Fobia Social é o excesso de ansiedade ou medo sofrido por certas pessoas quando observadas por terceiros durante o desempenho de alguma tarefa comum como falar, comer, dirigir, escrever, por exemplo; a ponto de impedir ou prejudicar significativamente a realização dessa tarefa. Em alguns casos, o talento da pessoa chega a ser desperdiçado, causando um sub apoveitamento profissional. Pode existir a perda dos melhores anos da vida em termos de relacionamentos sociais, sexuais, de companheirismo, viagens, esportes de grupo, etc. Além disso, acentua-se os riscos de abuso de álcool, drogas e depressão.

Sintomas

Não há sintomas típicos de fobia social; como qualquer transtorno de ansiedade, os sintomas o aqueles típicos de qualquer manifestação de ansiedade. O que caracteriza a fobia social particularmente é o desencadeamento dos sintomas sempre que a pessoa é submetida à observação externa enquanto executa uma atividade. Observa-se dentre os fóbicos tremores, sudorese, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, mal estar abdominal, diarréia, tonteiras, falta de ar, vontade de sair do local onde se encontra o quanto antes. A preocupação por antecipação com as situações onde estará sob apreciação alheia, desperta a ansiedade antecipatória, fazendo com que o paciente fique vários dias antes de uma apresentação sofrendo ao imaginar-se na situação.

  • Escrever ou assinar em público
  • Falar em público
  • Dirigir, estacionar um carro enquanto é observado
  • Cantar ou tocar um instrumento musical
  • Comer ou beber
  • Ser fotografado ou filmado
  • Usar mictórios públicos (mais para homens)


Os pacientes com fobia social geralmente não conseguem dizer não a um vendedor insistente, compram um produto de que não precisam, só para se verem livres daquele vendedor, mas também nunca mais voltam àquele lugar. Os namoros muitas vezes são aceitos por conveniência e não por desejo verdadeiro. Os fóbicos sociais freqüentemente têm uma auto-estima baixa e julgam que devem aceitar a primeira pessoa que surge porque acham que não despertarão os interesses em mais ninguém.


Grupo de Risco

As pessoas mais afetadas pela fobia social são os homens, ao contrário da maioria dos transtornos de ansiedade que predominam sobre as mulheres. O início é indefinido, por ser muito gradual, impossibilitando os pacientes a identificarem até mesmo um ano em que este problema tenha começado. Na grande maioria das vezes o início é localizado na época em que começaram a se dar conta de que eram mais tímidos do que os outros, ou seja, na infância ou adolescência. Ainda não foram descritos casos na fobia social tendo iniciado após os trinta ou quarenta anos de idade. Isto não significa que não possa surgir nessa época, mas certamente só ocorre raramente. O mais tardar que a fobia social pode começar é no início da idade adulta, em torno de vinte anos; quando o paciente se dá conta percebe que é mais acanhado que a maioria das pessoas sob as mesmas condições.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, ou seja, base
ado no relato dos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou de imagem é utilizado para o diagnóstico.

É importante ressaltar que ocorre, muitas vezes, um equívoco no diagnóstico, confundindo-se a fobia social, principalmente, com:

*Esquizofrenia
*Transtorno do Pânico
*Depressão
*Timidez

Tratamento

O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresent
a. O tratamento atual baseia-se no emprego de medicações antidepressivas combinadas com psicoterapia, de orientação analítica ou cognitivo-comportamental.

A medicação
acaba rapidamente com todos ou quase todos os sintomas, de modo que o paciente pode começar a fazer a Psicoterapia. O tratamento medicamentoso com o clonazepan ou os antidepressivos inibidores da rematação da serotonina está bem claro e definido. Essas medicações permitem uma recuperação entre setenta e noventa por cento. É pouco provável obter uma melhora de cem por cento embora algumas pessoas fiquem bem próximas disso. Talvez as pessoas com mais de cinqüenta anos de idade tenham uma certa resistência a melhora com medicação, este fato, contudo, ainda deve ser comprovado.

Nas Psicoterapias Analíticas se pesquisa a origem dos sintomas. Acontece que em Fobia Social não precisa descobrir a origem do
s sintomas, pois os Fóbicos quase sempre sabem de onde vêm os sintomas. E também já aprenderam que saber de onde os sintomas vêm não quer dizer que eles não venham.


Em Fobia Social o tratamento psicológico é mais voltado para o presente e futuro e o objetivo é mudar o comportamento fóbico,

Com a medicação, consegue-se mudar os comportamentos sem aquele tormento da taquicardia, sudorese, tremor, etc.


O círculo vicioso “sintomas –> fracassos –> mais sintomas –> mais fracassos ” se transforma num círculo virtuoso “menos sintomas –> sucesso –> menos sintomas ainda –> mais sucesso ainda”.


Recomenda-se, também, algumas medidas que ajudam bastante, como bom condicionamento físico, Yoga, Meditação, menos álcool e cafeína.


Fontes:


http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?239
http://www.mentalhelp.com/fobia_social.htm
http://www.psicosite.com.br/div/fobia_social.htm
http://www.psicosite.com.br/tra/ans/anssocial.htm
http://www.timidez-ansiedade.com/art/fobia-soc/a-10-fobia-social-diagdif.htm


Comentário pessoal


Muitas pessoas apresentam esse transtorno e não sabem ou possuem dificuldades em reconhecer isso e procurar ajuda. O que se pode fazer, no mínimo, é respeitar comportamentos que fogem ao que se espera no convívio social para não intensificar os sintomas de quem possui essa PATOLOGIA, que apresenta tratamento ou, pelo menos, certo controle. Se atrapalha tanto a vida da pessoa, é uma questão para ser levada a sério e não para criticarmos tais comportamentos. Procurar ajuda não signfica s e humilhar, muito menos um sinal de fracasso; representa um ato de coragem e que busca o bem-estar pessoal e social. Mas o fato de não procurar ajuda também não representa covardia. É um comportamento bastante compreensível, até mesmo por conta dos julgamentos sociais. Tem muita gente que vive pra falar (mal) da vida alheia e pra humilhar os outros.

Cada um tem seu potencial, mas algumas coisas podem impedir de m
ost rá-lo... É o caso da fobia social. Potencial a gente sempre tem, mas, às vezes, precisamos de uma forcinha pra conseguir explorá-lo e colocá-lo à mostra.

Sei que é difícil dar o primeiro passo, mas tudo fica mais fácil quando as pessoas em volta não contribuem para a intensificação da fobia. E, se é difícil buscar ajuda, também é difícil conviver com o problema.


Cuidado, também, com diagnósticos precoces. É importante que, se houver suspeitas, mais de um profissional seja procurado para confirmar um possível diagnóstico negativo para, então, iniciar um tratamento que possa ser realmente eficaz.

Pensem nisso!

Grande abraço e até a próxima!

Ah.. Contem comigo pra qualquer coisa em que eu possa ajudar!


(PS: Repararam que meus acentos e cedilhas voltaram?! :D Se bem que eu ainda estou em fase de adaptação para voltar a usá-los rsrs)