segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Redemoinho particular


O mundo dá lentas voltas em relação à sua imensidão

E meu coração faz redemoinhos e se faz cada vez mais pequenino

De tão apertado e angustiado que tem se mantido

Por causa dessa gigante e eterna contradição


Sempre dizem o que devo fazer

E, às vezes, até estão certos

Mas queria que antes de aconselharem

Vivessem minha vida mais de perto


Pensando bem a felicidade depende de escolhas

Mas as escolhas dependem de circunstâncias

Não há como seguir em frente

E simplesmente esquecer as lembranças


Cada segundo da nossa vida

É representativo de alguma forma

Possui um significado único e marcante

Que em nossa história se ancora


Sei que a vida não é fácil

E também sei que a complico

Mas tentarem supor ou ignorar meus sentimentos

Isso eu não admito


Às vezes, é melhor realmente deixar as coisas como estão

Mas não se deve acomodar e perdurá-las

É possível manter a essência de uma situação

Sem necessariamente em nada modificá-la


There are too many things that we shouldn’t care

But doubt is always in the air

Showing that there are some choices that we have to do

And the consequences won’t be to you


So let me live my life how I want

And only appear to help me when I need

Don’t tell me what to do

Just help me to breathe

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Complicado demais

Por que você faz isso comigo?

Me consola, me maltrata

É tão paradoxal


Por que você não cuida do seu umbigo

Quando pensa em me dar sermões?

Seria muito mais legal


Com esse joguinho, só me confunde mais

Você se tornou complicado demais

E foi assim que você me envolveu

Ao mesmo tempo em que parte de mim você perdeu

domingo, 12 de dezembro de 2010

Tentando entender o incompreensível

A dúvida que paira sobre minha mente

Provém da incerteza dos meus desejos,

Da dor que me acomete frequentemente,

Da flor que surge quando te vejo


Os dias passam, mas algo permanece

A inquietude do meu coração, que não adormece

Buscando compreender o real motivo

De sentir rotineiramente que de ti preciso


A racionalidade toma conta do meu ser

E eu reconheço que o medo de te perder

É uma situação inútil e passageira

Que provavelmente não servirá para minha vida inteira


Mas a emoção insiste em se fazer dominante

E eu acabo vivendo um Barroco constante

Com conflitos a me torturar a todo momento

Não sei mais até quando eu agüento.

sábado, 11 de dezembro de 2010

"Quando precisar, pode contar comigo!" ?

Incrível a facilidade que temos em dizer às pessoas que elas podem contar com a gente sempre que precisar. Óbvio que se espera que isso não seja dito da boca pra fora e que a pessoa a quem se destina essa sentença, que, diga-se de passagem, virou quase clichê, seja realmente importante para a pessoa que a pronuncia.

Mas o que tenho observado é que, na vida real, isso raramente acontece. Quando mais se precisa, é difícil encontrar as pessoas que gostaríamos que nos ouvissem ou, simplesmente, que estivessem ao nosso lado, sem nem precisar dizer nada. A presença seria mais do que suficiente para dispensar palavras de consolo, conselhos, etc.

Aliás, acho que é justamente por isso que precisamos tanto de alguém em determinados momentos: porque esse alguém não está! Se estivesse, provavelmente não sentiríamos necessidade de sua ajuda, visto que o fato de ela estar presente no momento de determinada situação faria com que a situação fosse muito mais suave e fácil de lidar, não chegando ao derramamento de lágrimas e ao sentimento de intensa necessidade de um ombro amigo por perto.