quinta-feira, 2 de julho de 2009

Preferências musicais

Nunca pensei que mudaria o rumo do blog em tão pouco tempo rsrs
Mas enfim...

Muitas pessoas me "criticam" por eu gostar de bandas ditas "infantis" ou sei lá mais o que, como RBD, mas são bandas como essas e outras como Luxúria, Leela, K-sis e Pitty que me proporcionam momentos felizes e fazem com que eu possa extravasar parte de meus sentimentos. Seja pelo ritmo dançante ou pelas letras que correspondem a meu modo de pensar o mundo, elas acabam me deixando com uma sensação única de bem-estar.

Esses dias eu tava ouvindo RBD e parei um pouco pra refletir sobre o refrão da música "Rebelde" (Por sinal, eu queria fazer um comentário... A banda não se resume a essa música, como muitas pessoas parecem pensar... Muitas vezes, as pessoas avaliam a banda por uma única música sem se dar a oportunidade de ouvir outras)

O refrão diz:

Y soy rebelde
Cuando no sigo a los demás

Y soy rebelde

Cuando te quiero hasta rabiar

Y soy rebelde
Cuando no pienso igual que ayer

Y soy rebelde

Cuando me juego hasta la piel

Si soy rebelde, es que quizás

Nadie me conoce bien.


Segundo uma interpretação pessoal, acredito que haja uma crítica à interpretação dos outros em relação aos sentimentos, atitudes e decisões da "voz poética". As pessoas a julgam como "rebelde" quando ela apenas não as segue, sendo diferente, tendo personalidade, não sendo uma "maria-vai-com-as-outras". Também a criticam quando muda de opinião. Essa parte me lembra muito a célebre e sábia frase de Raul Seixas "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". E eu concordo inteiramente com isso, na medida em que acredito que nossas opiniões são construídas por meio da dinâmica de nossa vida... A cada dia vamos tendo conhecimento de novas informações ou passamos a observar uma antiga a partir de um ângulo diferente, fazendo com que modifiquemos nosso ponto de vista, sem deixar de considerar nossas convicções e os argumentos favoráveis ao ponto de vista que resolvemos adotar... E isso é bastnte saudável na construção de nossos pensamentos. A músca prossegue fazendo uma referência ao ato de julgar das pessoas em relaçao àqueles que tem coragem e vontade de arriscar, seja por um sonho ou por qualquer outro motivo... Viver em um ambiente seguro, fazendo coisas que já conhecemos realmente é muito bom, pois nos deixa mais tranquilos, mas precisamos arriscar muias vezes para conseguirmos aproveitar oportunidades e conquistarmos momentos felizes e inesquecíveis de grande valor para nosso crescimento pessoal e para nossa vida. O refrão finaliza insinuando que se as pessoas julgam a "voz poética" como sendo rebelde é porque, talvez, ninguém a conheça bem. Acredito que essa parte dispense comentários.

E a música continua...

Algunos de estos días voy a escapar
Para jugarme en todo por un sueño


Todo en la vida es a perder o ganar

Hay que apostar, hay que apostar sin miedo

No importa mucho lo que digan de mí

Cierro los ojos y ya estoy pensando en ti.


Nessa parte, já se mostra o incentivo em se arriscar, independente da opinião dos outros. Tirando a parte sentimental que a música contempla e o fato de muitos dizerem que isso se trata de um típico comportamento adolescente, acho que ela pode nos proporcionar grandes momentos reflexivos. Em relação a essa parte de arriscar, acredito, claro, que devemos ponderar muito as coisas e, se arriscarmos, devemos fazê-lo de forma ajuizada e sem prejudicar ninguém... A razão muitas vezes se faz necessária e precisamos agir de forma prudente, mesmo quando não seguimos o "padrão".


Não sei como consegui escrever esse post. Meus amigos e a sociedade ainda exercem forte influência sobre mim a tal ponto de eu evitar ouvir e falar sobre certo tipo de música em público. Tenho até certa "vergonha" de alguns de meus gostos musicais... Mas resolvi tomar coragem e falar um pouco sobre isso aqui, já que é um espaço no qual eu me sinto mais à vontade pra me abrir e acredito que muitos passem pela mesma situação.

A partir disso, deixo aqui uma reflexão sobre como influenciamos a vida de outras pessoas.... Quantas pessoas ouvem músicas que não condizem com nossos gostos e as condenamos? Isso muitas vezes inibe as pessoas e elas deixam de ouvir o que realmente gostam... Seja arrocha, clássica, funk, rock, pop, mpb ou o que for, a gente precisa aprender a respeitar.. Mesmo que a gente não entenda o porquê da outra pessoa gostar, cada um tem sua maneira de sentir e perceber a música e se sentir bem com ela é o que realmente importa.

Também demonstro meus preconceitos em relação a essas cosias muitas vezes, mas sempre tento me policiar e respeitar as preferências musicais alheias.. Pelo menos, TENTEMOS respeitar.... Prezemos pela alegria de quem está a nossa volta e não faz mal a ninguém, apenas apresenta uma preferência diferente da nossa, para, assim, podermos ser felizes com a consciência tranquila.

Um comentário:

  1. E depois de muito falar sobre relações interpessoais ela faz um post sobre preferências musicais. Se bem que muito do contido aqui bebe das idéias dos outros textos (lembrei de Mayan com essa história de beber de "fontes"). Muito se ouve: -Ah, as músicas de hoje perderam o valor, só existe duplo sentido ou nem isso. A questão: Música é uma manifestação cultural, e como tal varia com o tempo, etnia, localização geográfica. O que vivemos hoje é uma maior liberdade de expressão e por isso, diversidade de estilos, cada um escolhe o seu e pronto. Bem, eu quase sempre critico gêneros musicais que não gosto, é errado, sei, mas funciona como um mecanismo de defesa.
    A música é uma extensão do que estamos sentindo, às vezes do que desejamos e pode servir até de instrumento para a análise de personalidade. Veja como para cada fase da nossa vida, existe uma música que nos transporta ao passado, nos faz lembrar de pessoas. É natural, faz parte da construção do intelecto e depende de influências externas. (Tantas vezes me peguei cantando ou ouvindo músicas que antes eu repudiava).

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